lunes, 12 de septiembre de 2011

A Biblioteca Pública Elfrida Engle Nunes Rios completou 48 anos em 2011 e não teve motivo algum para comemoração. A justificativa da chefa de divisão, Maria Helena foi “nós somos subordinados à Fundação Cultural, e de acordo com o diretor da Fundação Cultural, Adilson Pasini, a Biblioteca Pública é apenas uma divisão da Fundação, assim como almoxarifado, por exemplo.” O que deve ser comemorado é o aniversário da Fundação, a Biblioteca é só uma divisão, não precisa de ações como essas”, afirmou Pasini.
O Dramaturgo Luiz Henrique Dias, integrante do Plano Municipal do Livro, Leitura e Literatura afirmou “não há o que criticar porque não há nada”. Dias considera um absurdo a Biblioteca Pública ser considerada um apêndice da Fundação Cultural e não desenvolver ações de fomento à leitura e a literatura.

 “Quando se fala em leitura, não é do dia pra noite, como construir um viaduto (apesar de que essa regra aqui em Foz não cabe). É uma ação que leva anos, não é no período de um governo que vai ser resolvido o problema, é uma questão de formar leitores, fomentar a educação, a Biblioteca Pública tem que desenvolver uma Política Pública de Leitura”. Dias criticou ainda o fato de a Biblioteca funcionar em horário comercial tradicional, citou o exemplo de Curitiba onde a biblioteca funciona até as 22h. Segundo ele, a biblioteca tem que se tornar um espaço público que funcione nos finais de semana, feriados, férias, para a população ter acesso livre à leitura em tempo integral. “Se a população sabe que existe ela ocupa, e assim começa a desenvolver o gosto pela leitura”. Para o livreiro Claimar Granzotto acredita que a Biblioteca Pública tem o papel de servir à população mais carente e fomentar a leitura em regiões da cidade onde as pessoas têm menos acesso à cultura. “Isso é uma coisa que aconteceu durante todos os governos, não é de agora, a Biblioteca sempre foi centralizada. Eu acho que a Política do Livro deve beneficiar a população carente, por isso a biblioteca deveria ser desmembrada em várias bibliotecas nos bairros”.
Granzotto afirma que alguns bairros da cidade chegam a ter 60 mil habitantes e nenhum espaço público destinado à leitura. “Para uma criança ter acesso ao centro ela precisa, algumas vezes, gastar até quatro passagens.
Até o momento a Biblioteca Pública tem dois apêndices, como afirma Granzotto, um de três mil títulos na Vila C e outro de quatro mil no Centro de Convivência de Três Lagoas, a biblioteca central conta com 55 mil títulos. – atualmente a biblioteca tem mais de oito mil leitores inscritos, aptos a emprestar livros, isto equivale a 4,17% da população iguaçuense. São feitos cerca de três mil empréstimos e cinco mil atendimentos de pesquisa por mês. Como a biblioteca não tem orçamento algum, a única capitação de recursos são as multas de atrasos de livros, com este dinheiro são comprados de 10 a 12 livros por mês
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Eudes, Jéssica e João

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